A propósito dos contos maravilhosos, a aluna Larisa, da turma E do sétimo ano, produziu, em aula, o seu próprio conto:
Os sapatos que dançavam até se desfazerem
Num dia enublado, o rapazinho foi a uma loja da aldeia e, com o dinheiro que tinha ganho a pedir esmola, comprou um par de sapatos. Não eram do melhor, mas pelo menos já não andava descalço pela rua.
Ao anoitecer, antes de o rapaz entrar em casa, começou a chover. Mas a chuva era tão diferente das outras… ele nunca tinha visto tanta beleza! Era uma chuva colorida e muito brilhante que ele ficou tão fascinado e ficou a noite inteira a apreciá-la. De repente, a chuva mudou de direção e começou a chover contra ele. O rapaz correu para dentro de casa, mas esqueceu-se dos sapatos lá fora. Quando deu conta disso, foi a correr para eles para os trazer para dentro de casa.
No dia seguinte, quando foi pedir esmola, sem ninguém estar à espera, no meio da praça, o rapaz começou a dançar. Uma multidão de pessoas juntou-se à volta dele para o ver, pois a dança era tão alegre que as pessoas começaram também a dançar como se estivessem enfeitiçadas.
Passados alguns dias, algumas crianças, invejosas por o rapaz ser tão popular, juntaram-se e planearam roubar-lhe os sapatos. E assim o fizeram.
O rapaz ficou desesperado quando, na manhã seguinte, após o assalto, descobriu que lhe tinham roubado os sapatos.
As crianças que roubaram os sapatos calçaram-nos, uma a uma, até os sapatos ficarem gastos. Aflitos com isso, decidiram então devolver os sapatos e contar a verdade, pois já não aguentavam tanta aflição.
O rapazinho perdeu os sapatos, mas ganhou uns novos amigos. E a partir desse dia já não houve tristeza nessa aldeia.
Mas vocês pensam: «E as crianças que roubaram os sapatos, não apanharam nenhum castigo?».
Eu posso responder: «Apanharam, sim! Elas tiveram que juntar dinheiro para comprar um novo par de sapatos para o rapazinho».
Nº 18
7º E
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