UM OBRIGADO MUITO ESPECIAL À SINTRABIKE!!!!!

Toda a escola agradece à loja de bicicletas Sintrabike, em Mem Martins, por ter cedido à Unidade de Ensino Estruturado duas biciletas de BTT, tal como a sua manutenção. Um abraço sentido e terno por tamanha nobreza de espírito! :) :) :) :) ...

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

A vida dá muitas voltas…

 A história que vos vou contar é um grande testemunho de que a vida nos dá sempre uma segunda oportunidade.
 Era uma vez uma rapariga a quem tinha sido atribuído o nome de Carlota, mas toda a gente a conhecia por Lola.
 Lola era uma rapariga de 18 anos que tinha decidido ir por caminhos menos bons na vida. Era muito bonita, mas a quantidade de tatuagens e pircings que já lhe marcavam o corpo não deixavam a sua beleza brilhar. De uma só vez ela era uma punk, toxicodependente, e nas suas saídas à noite, o álcool era a sua grande companhia.
 Na sua infância tinha andando num colégio religioso até aos dez anos, mas o seu pai morreu e a mãe não tinha dinheiro para pagar as despesas do colégio, por isso Lola foi para a escola pública. Era um novo mundo, em que as pessoas eram diferentes, não eram «todas iguais» e todas tinham uma história, uma coisa que vida lhes tinha ensinado. A mãe de Lola casou-se novamente quando ela tinha 14 anos e isso fez dela uma jovem revoltada com a mãe e com o mundo, mas lá nem no fundo era revoltada com ela própria. Achava que a mãe não tinha o direito de lhe tentar arranjar outro pai, porque ela já tinha um e ele, com toda a certeza estaria a olhar por ela, onde quer que estivesse.
 Certo dia ela estava na rua, ao que ela chamava «andar por aí», e de repente deparou-se com um bairro social no qual tudo era horrível.
 Ficou com aquela imagem na cabeça e decidiu ir falar com a diretora de uma instituição de caridade. Ela explicou-lhe que o objectivo da instituição era ajudar os mais carenciados e que havia muita gente a viver em condições desumanas.
 Lola ficou chocada com o que ouvira e sentia que tinha de marcar a diferença. Decidiu, então, acabar com aquela vida, se era isso que ela era. 
 Refletiu muito bem sobre o que iria fazer, mas de uma coisa tinha a certeza: havia muita coisa a remediar. Em primeiro, acabou com aquele aspecto punk e tirou os piercings, claro que as tatuagens ficariam para a vida.
 Pensou que o que queria fazer para o resto da vida eram missões humanitárias por todas as partes do mundo. Mas antes havia uma coisa a resolver. Os problemas com a mãe. Contudo, deixou-lhe uma carta antes de partir:
 «Querida mãe, como sabes, parti, mas desta vez não vou fazer asneiras, decidi dar rumo à minha vida. Quero que saibas que te adoro, e talvez já seja tarde, mas peço-te perdão. Perdão pelo que fiz, pelo o que não fiz e pelo o que devia ter feito. Quero que saibas que espero um dia vir a ser uma mulher maravilhosa tal como tu, pois és a minha heroína. Parti, porque preciso de me reencontrar, de saber quem sou e o que quero. Acho que a melhor forma de o fazer é ajudar quem mais precisa. Voltarei um dia, mas ainda não sei quando, só te peço para não me pedires para voltar, pois isso é uma coisa à qual só o tempo sabe responder. Amo-te muito»
 A carta de Lola arrancou à sua mãe lágrimas humanas. Passaram-se horas, dias, meses e nem um sinal de vida da parte de Lola. Até que, numa gélida manhã de Inverno, ela apareceu. Era agora uma mulher feita, com princípios e valores morais. A vida de rebelde era agora passada.
 - Minha querida filha, finalmente! É tão bom ter-te aqui a meu lado, para te proteger! - Exclamou a mãe de Lola, durante o emocionante reencontro.
 - Mãe, estou contente por estar aqui junto a ti. Mas acredita que não vai ser por muito tempo. Decidi que para o resto da vida ajudarei pessoas que têm menos do que eu, e sabes que sou de ideias fixas. Agora partirei, mas guardo-te a ti e ao pai no meu coração num lugar muito especial! – Respondeu carinhosamente a filha.
 E partiu, mais uma vez para cumprir aquilo que tinha jurado à sua mãe, e a si própria.
 Desta vez não voltou para contar as suas aventuras e desventuras. Morreu num país em guerra e foi vítima de brigas entre os outros, ou seja, morreu na guerra enquanto tentava procurar o pai de uma criança do orfanato onde fazia voluntariado.  
 Mas o que é certo é que partiu em paz e sem preocupações. Remediou tudo a tempo, e agora sentia com toda a certeza que tinha cumprido a sua missão na Terra. Não tinha a mãe a seu lado, mas agora estava com o pai, para recuperar o tempo.
 Deus ajudou esta menina, dando-lhe uma segunda oportunidade de viver e fez com que ela partisse para ser feliz, mas agora noutra dimensão. 
 Foi com muita tristeza que mãe a viu partir, com uma vida ainda tão longa para viver. Mas partiu em paz e isso é o mais importante, seria agora feliz ao pé de quem nunca pôde estar presente.  

Marisa, 7ºA

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